29 de outubro de 2013

O Silêncio dos Inocentes (1991)

Para comemorar 1 ano do Cinematógrafo um filme especial: O Silêncio dos Inocentes (The Silence of the Lambs) é um retrato amargo da loucura intelectual que assusta, mas ao mesmo tempo fascina. Pintado na tela escura de nosso subconsciente com tons mórbidos e sombrios realçados com a frieza da transformação. Clássico do suspense por vezes enquadrado no gênero terror, o filme recebeu 5 dos principais prêmios do Oscar, foi apenas a terceira vez que isso ocorreu em toda a história, com melhor filme, direção, roteiro adaptado, melhor ator e atriz, O Silêncio dos Inocentes tornou-se um dos maiores filmes da década de 90 e marcou a carreira de Anthony Hopkins e Jodie Foster graças a espetacular direção de Jonathan Demme.

20 de outubro de 2013

O Som ao Redor (2013)

Já dizia a canção: “Não existiria som se não fosse o silêncio*.” Utilizando essa fórmula Kleber Mendonça Filho lança seu primeiro filme de ficção. Comparar O Som ao Redor a obras de ficção científica que se valem do som e de imagens não é exatamente a façanha que o diretor pernambucano alcançou. Ela vai mais além. O filme é alçado como uma das melhores produções brasileiras dos últimos anos. Está entre as dez produções elencadas pela respeitável lista do The New York Times de melhores filmes do ano. Ao lado de produções como Lincoln, Django Livre e Amour. Ganhador de inúmeros prêmios e elogios dos mais distintos segmentos culturais, tantos que seria preciso muitas páginas para citar, enfim, O Som ao Redor é um dos favoritos às indicações de melhor filme estrangeiro do Oscar 2014. E se não agrada a gregos troianos em um país de cegos, ao menos renova as forças de nosso cinema tão saturado de comédias vazias, mas que enchem salas de cinema e nos deixam mais burros a cada nova exibição.

16 de outubro de 2013

A Caça (2012)

Escrito e dirigido por Thomas Vinterberg, A Caça (Jagten) usa como estopim moral o abuso sexual que explode numa trama intricada e revestida de hipocrisia e valores conservadores. As discrepâncias sociais e comportamentais com base nos juízos de valor definidos pela cultura milenar dinamarquesa são o mote da história. Vinterberg ganhou notoriedade após o longa Festa de Família (1998) que também aborda abuso sexual, desta vez o patriarca é o alvo do drama que desce mais amargo que A Caça. Mads Mikkelsen interpreta Lucas e não lembra nem de longe o cínico Hannibal Lecter do seriado Hannibal, ao contrário, sua atuação brilhante é digna de pena e reflete as injustiças cometidas contra seu personagem. Mikkelsen ganhou o prêmio de melhor ator por seu papel no Festival de Cannes em 2012. É o indicado da Dinamarca para concorrer ao Oscar de melhor filme estrangeiro em 2014. O filme conta ainda com a atriz mirim Annika Wedderkopp e com o veterano Thomas Bo Larsen.