12 de abril de 2013

Rock Star (2001)


Rock Star foi baseado na curiosa história real da banda britânica de heavy metal Judas Priest. Descrito como drama é uma comédia muito divertida, acima de tudo para os que conhecem o cenário musical, principalmente do rock. A história de Izzy, vivido por Mark Whalberg, é inspirada em Rob Halford, vocalista do Judas, que foi substituído por um fã, Tim Owens, de uma banda tributo do próprio Judas Priest chamada British Steel que influenciou no nome da banda fictícia do filme: Steel Dragon. Izzy sabe tudo acerca da vida pessoal de cada um dos integrantes, conhece todas as músicas, imita perfeitamente a performance do vocalista no palco e até o timbre de sua voz. Até que ponto deixamos nossa vida para viver a de nossos ídolos?

A namorada de Izzy, Emily Poule, em um dos poucos papéis de Jennifer Aniston em que ela não vive uma relação amorosa conturbada com um barbudo, aposta todas as fichas na carreira dele. Torna-se sua empresária, vai aos shows com ele e dá todo tipo de incentivo para sua carreira. Até que um dia em um show do Steel Dragon ele ofusca a estrela do vocalista Bobby Beers, vivido pelo experiente ator inglês Jason Flemyng, assemelhando-se a histórias de reality shows musicais. A única discordância entre Izzy e Emily é no quesito de originalidade. Ela quer que ele escreva as próprias canções ao invés, ele prefere imitar seu ídolo.

Whalberg e Aniston
Todos nós nos inspiramos em algo ou alguém, mas quando deixamos a inspiração se tornar imitação nos tornamos parasitas e desperdiçamos o bem que há em nós. Qual é o limite para seguirmos os passos de quem admiramos? Por que queremos ser outra pessoa? O que nos leva a acreditar que uma vida diferente seja melhor do que a nossa? Talvez pelo fato de terem alcançado o sucesso que almejamos para nós. Talvez porque a conquista alheia pareça fácil e para nós é como um árduo caminho de penitência. Mas “querer” ser alguém não vai nos trazer suas realizações e mesmo que alcancemos o sucesso será à sombra de outros. Todos temos capacidade de alcançar nossos sonhos e principalmente de sonhar com algo que já exista, mas sem nunca perder a centelha original de nossa essência que é única. Mas como disse Alexander Graham Bell: nunca devemos seguir o caminho traçado, pois ele só leva aonde os outros já chegaram.

Creio que a maioria de nós, principalmente na adolescência, já desejou ser igual a algum ator, cantor ou mesmo jogador de futebol. Eu mesmo já tive inúmeras bandas e tinha minhas preferências musicais. E quando decidi imprimir meu ritmo e assinatura nas performances atingi a originalidade que tanto procurava. Essa é a base do roteiro escrito por John Stockwell (Turistas) e dirigido por Stephen Herek (Os Três Mosqueteiros – 1993), além de ter George Clooney como produtor. O filme mostra que não há nada demais em seguir passos, mas só chegaremos em algum lugar seguindo o próprio caminho.

Steel Dragon
A banda Steel Dragon saiu da ficção e gravou um disco com a trilha sonora do filme. Uma grandiosa colaboração entre músicos consagrados trouxe à tona o álbum Lubricator – 2001. Com composições de Ronnie James Dio (Rainbow, Black Sabbath), Ritchie Blackmore (Rainbow, Deep Purple) e o músico, compositor e produtor Desmond Child, Steel Dragon ainda conta com a participação de Zakk Wylde (Black Sabbath, Red Label Society), que atua como o guitarrista Ghode em Rock Star e participou da gravação do álbum. Outro colaborador de estúdio e filmagem é o filho do lendário John Bonham baterista do Led Zeppelin Jason Bonham. A trilha sonora é excelente, com destaque para Stand up and Shout e We All Die Young. Solos de guitarra para exaltação da plateia e os vocais agudos de Michael Matijevic no bom estilo hard rock marcam o longa que age como um musical moderno de traços rebeldes prezando a boa música e interpretações que marcaram uma geração.

Confira o Trailer:
E que a música esteja com vocês!


3 comentários:

  1. apesar de eu odiar o rob halford esse filme é foda

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    1. Também não sou fã e só fiquei sabendo da inspiração do filme agora, mil anos depois de ter assistido. Abraço!

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  2. Não assisti mas parece interessante.

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