Gravidade: do latim gravis “pesado, carregado”, qualidade do que é grave; atração que a
Terra exerce sobre qualquer outro corpo colocado em suas vizinhanças. Gravidade
(Gravity) torna-se mais surpreendente se
analisarmos a etimologia de seu título, um ato grave ocorre sobre o efeito da
gravidade. Para incrementar esse jogo de palavras destaco a cena em que Sandra
Bullock fica em posição fetal, a gravidez, que também deriva do latim gravis, mas não pelo fato de ser algo
“grave”, mas pela própria noção de peso que a situação envolve, vale lembrar
que a palavra gravidez só existe no
português e foi criada em substituição à palavra “prenhez” que caiu em desuso e da qual deriva também a palavra pregnant utilizada no idioma inglês para
referir-se a uma mulher “grávida”. Gravidade
desponta como um dos favoritos ao Oscar 2014, com direção impecável e
perfeccionista de Alfonso Cuarón,
fotografia não menos genial de Emmanuel Lubezki e a atuação esplêndida de Sandra
Bullock fazem jus ao favoritismo de Gravidade
que foi elencado como o melhor filme feito no espaço por James Cameron e está
na lista dos dez melhores do ano de Quentin Tarantino.
31 de dezembro de 2013
Gravidade (2013)
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26 de dezembro de 2013
Jobs (2013)
O malfadado Jobs não representa nem a sombra de Steve Jobs. Ashton Kutcher, apesar
de ter desempenhado o melhor papel da carreira, apenas caricaturou o genial
criador da Apple no que parece mais uma de suas comédias adolescentes,
principalmente o modo de andar e o olhar fixo que não esconde a ambição e foco
de Jobs, mas sim, no papel de Kutcher, o riso da falta de seriedade de sua
atuação forçada. Seja pela pressa em apresentar algo de forma oportunista sobre
o criador do i-Pod, ou pelo despreparo de toda equipe em realizar obra tão
grandiosa, a verdade é que Jobs não
espelha o tamanho do que almeja e muito menos o tamanho de quem retrata.
18 de dezembro de 2013
Invictus (2009)
A morte de Nelson Mandela no último
dia 05 de dezembro alçou o líder à imortalidade imprimindo seu nome na história
e elevando sua memória ao panteão do qual fazem parte Gandhi e Martin Luther
King. Um homem que lutou em prol da igualdade racial e direitos humanos sempre
de forma pacífica. No período de 27 anos em que esteve preso Mandela buscou
inspiração em um poema e o viu como raio de luz que emanava por entre as grades
de seu confinamento arbitrário: “não
importa o quão estreito seja o portão e quão repleta de castigos seja a
sentença, eu sou o dono do meu destino, eu sou o capitão da minha alma”. O
poema escrito em 1875 pelo britânico William Ernest Henley foi a trilha que guiou
a luta pela vida e liberdade à qual Mandela recuperou somente em 1990. Em 1994
venceu as eleições presidenciais da África do Sul tornando-se, ironicamente, o
primeiro presidente negro de seu país. Em 2009 Clint Eastwood dirigiu Invictus, que assim como o poema de
Henley nos inspira a sermos melhores não apenas fisicamente, mas
espiritualmente, inspira força, inspira paz, inspira Nelson Mandela.
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15 de dezembro de 2013
Dogville (2003)
Lars Von Trier é um dos diretores mais pretensiosos do cinema, o que por vezes beira a arrogância, mas, de acordo com Dogville, o excesso de servidão também é
considerado arrogância pela natureza de quem a pratica confrontada com quem a recebe.
Não podemos deixar de admirá-lo pelas obras fortes e polêmicas. O que não é
diferente em Dogville, lançado em
2003 chegando como favorito a Cannes e sendo superado por Elefante. O longa possui idealismo e conteúdos forte e brutal, o
que torna a tarefa de descrevê-lo completamente ingrata. O filme trata de
questões filosóficas, mitológicas e religiosas, mas a maior parte das
evidências aponta para uma crítica cristã e ao modo de vida americano – American way of life.
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Zlejko Ivanek
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Emerson Silva
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