França,
Cidade Luz, berço artístico da Sétima Arte. Os gregos, pais da filosofia,
descreveram o mundo com palavras, compreenderam vontades, anseios e medos e
registraram suas idéias e pensamentos para a posteridade, como câmeras
fotográficas, armazenando os negativos em papiros, papéis, pensamentos soltos,
até que a descoberta dessas palavras se dê por intermédio de nossos olhos, e
transformada em arquivo por nossa memória, álbum vivo de todas as experiências
possíveis e impossíveis, basta alguém imaginá-las.
Primeira fotografia da história |
Mas o que
tudo isso tem a ver com o cinematógrafo? Assim como as palavras foram
armazenadas em livros, as imagens também o foram, mas em câmeras fotográficas.
A primeira fotografia foi tirada por um francês, Nicéphore Niépce, em 1826. O
cinematógrafo nada mais é do que uma câmera fotográfica com a capacidade de
sobrepor várias imagens em sequência, o que dá uma ideia de movimento. Mesmo
princípio utilizado nos desenhos animados.
O cinetógrafo de Edison |
A palavra cinematógrafo
deriva do grego κίνημα - kinema "movimento"
e γράφειν-gráphein “descrição”, trata-se da descrição dos movimentos. É uma
evolução do cinetógrafo,de 1888, obra do maior inventor de todos os tempos, que
a considerou uma grande perda de tempo, mas, para ele, não deixava de ser um
invento curioso, seu nome é Thomas Edison. A primeira versão do cinematógrafo
foi criada por outro francês Léon Bouly, no início de 1895, vindo a perder a
patente do invento em fevereiro do mesmo ano para os lendários irmãos Lumière,
que também a imaginavam apenas como curiosidade científica, tanto é que não
comercializaram o invento.
Cinematógrafo dos Irmãos Lumière |
Em 28 de
setembro de 1895 (essa data diverge de fonte para fonte), na primeira sala de
cinema da história, chamada Eden, localizada em La Ciotat, sudeste da França,
foi exibido o primeiro filme, intitulado Arrivée d'un train em gare à La Ciotat (Chegada de um trem à estação da
Ciotat). Em pouco menos de 60 segundos, a primeira platéia de cinema do mundo, acompanhou
a chegada do trem à estação e alguns passageiros desembarcarem. Eles não faziam
a mínima ideia do que estava acontecendo, tanto as testemunhas oculares que
acompanharam a exibição, quanto os primeiros atores a participarem de um filme,
nenhum deles deu tchau para a câmera ou cobriu o rosto com medo de aparecer. Segundo conta a história a primeira mostra desse filme causou pânico na plateia que via as imagens serem projetadas, as pessoas correram para o fundo da sala temendo que o trem as atropelasse, o mundo não estava preparado para as imagens "vivas". No filme, apenas algumas pessoas olham para o cinematógrafo, mas nem a exuberância do instrumento
parece chamar a atenção. É, provavelmente, a cena mais natural de todos os
tempos. Jamais as lentes de uma câmera conseguiria captar tanta inocência e
verdade quanto nesse filme:
O primeiro filme da história
Irmãos Lumière |
Os irmãos
Auguste e Louis Lumière são considerados os pais do cinema. A primeira sala de
cinema do mundo ainda funciona e alguns dos primeiros cinematógrafos podem ser
vistos no Instituto Lumière, localizado na cidade francesa de Lyon.
Nunca a frase
revoluções por minuto fez tanto sentido. Em menos de sessenta
segundos o mundo mudaria de forma estrondosa. Hoje, mais de cem anos depois, é
difícil alguém que não tenha visto ao menos um filme e cá estou eu a criar um
blog, como tantos outros já existentes, dedicado a esta arte chamada cinema.
Esse foi
apenas um pequeno trecho da história que deu origem ao entretenimento
mais popular de todos os tempos.Em breve discorrerei sobre a vida e obra de
outro francês, considerado o pai dos efeitos especiais e da ficção científica:
George Méliès.
Que o cinema
esteja com vocês!
Emerson, um prazer ler seu texto sobre a história de uma das artes mais apaixonantes e populares. Adorei!
ResponderExcluirBom apanhado, Emerson, já fico no aguardo do texto sobre George Méliès, para mim, o verdadeiro pai do cinema, não desmerecendo os pioneiros claro. Mas, foi Méliès que pegou aquele invento científico e deu um sentido, deu arte.
ResponderExcluirabraços
Obrigado Amanda, é um prazer ter sua companhia aqui no blog.
ExcluirConcordo com você, Méliès foi o criador do cinema como arte.
Abraços e volte sempre.
Oi, Emerson
ResponderExcluirrecebi seu comentário lá na Obvious! Obrigada pelas palavras incentivadoras e parabéns pelo blog! Adorei seu texto! Eu sou fascinada pela história do cinema! Enfim, obrigada pela visita e sinta-se a vontade para comentar sempre que quiser!
Obrigada,
Jéssica Parizotto