O
Homem do Futuro é o quinto
filme do diretor Cláudio Torres (A Mulher
Invisível) e mescla ficção científica com comédia romântica ainda que não seja original, a fórmula utilizada é divertida e prende nossa atenção. O romance, aparentemente impossível, entre Helena (Alinne Moraes) e João "Zero" (Wagner Moura) é o mote da
história que conta com características fantásticas baseadas em teorias físicas
que respaldam a viagem no tempo. O tom científico se reflete apenas nas
confusões em que Zero se mete quando se torna o homem que veio do futuro e não transforma a película em uma experiência cansativa. A
trilha sonora é um show a parte, gravadas por Wagner Moura, Tempo Perdido (Legião Urbana) e Creep (Radiohead), permeiam a obra em
uma combinação perfeita com o roteiro elevando o filme ao status cult de obras conceituais como, por exemplo, Donnie Darko (2001).
Após uma desilusão amorosa ocorrida há
vinte anos, João foi apelidado de “Zero” desde então sua vida foi um fracasso. Físico
genial ele busca um novo meio de gerar energia através de um acelerador de
partículas e, ao estilo de Hulk, testa
o projeto em si mesmo e é lançado ao fatídico dia que mudou sua vida. Helena, misto
de Helena de Tróia com amor
imperfeito que se reinventa, mas nunca dá certo, personagem por quem Zero é
apaixonado, é a pivô da ruína do personagem de Wagner Moura, ainda assim ele não
consegue esquecê-la. E tenta provar que sua teoria unificada do Universo só pode ser possível com o amor.
Zero |
Tempo Perdido:
Wagner Moura é fã assumido da banda
brasiliense Legião Urbana e foi convidado por Dado Villa-Lobos e Marcelo Bonfá
para um tributo à banda após O Homem do Futuro. O show foi motivo de críticas por parte da mídia
em 2012 devido às notáveis desafinadas de Moura como vocalista do tributo.
Polêmicas a parte a trilha é um elemento marcante no filme, Tempo Perdido, além de ser a canção que
acondiciona o casal ao nível de romance, age também como elemento subliminar,
por exemplo, ao retratar o tempo perdido
de duas pessoas que são tão jovens ainda
que estejam separados por vinte anos. Outro destaque é a regravação feita por
Moura de Creep sucesso da banda
inglesa de rock alternativo Radiohead, que aumenta a filosofia contida nas
cenas em que é executada.
Confira o trailer:
Apesar de ser um filme simples e despretensioso
o conteúdo é extremamente agradável e renovador para o cinema nacional saturado
de comédias vazias e apelos sexuais.
Que o cinema esteja conosco, afinal,
somos tão jovens.
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