Alabama
Monroe nos ensina que
a vida é mais bela tendo uma religião, mas não menos trágica. Baseado na peça
de teatro escrita por Johan Heldenbergh e adaptada para as telonas por Felix
Van Groeningen. O filme narra a vida de Didier – vivido pelo próprio Heldenbergh
– e Elise – interpretada pela atriz Veerle Baetens. Ele é um músico, mas nem
por isso sensível, ateu convicto ele acredita que a morte é o fim e ponto. Ela
é tatuadora, direta e possui uma visão de Deus que confronta os ideais de
Didier. A montanha russa emocional proposta por Groeningen desfragmenta o tempo
da história que é revelada pouco a pouco sem seguir uma ordem cronológica. O
que torna o drama mais interessante e mais leve.
O longa belga The Broken Circle Breakdown (Alabama Monroe no Brasil) é o representante da Bélgica no Oscar 2014, ao lado do italiano A Grande Beleza são os grandes favoritos. Ambos abordam temas existenciais, vida e morte, o último mais poético já o primeiro político e em determinados pontos cético e fervoroso. Logo no início somos apresentados à filha do casal Maybelle – Nell Cattrysse – que está em tratamento contra o câncer. Ao observar o sofrimento da filha Didier é duro contra o governo dos Estados Unidos, principalmente ao ex-presidente George W. Bush, que retardaram o estudo das células tronco por crenças religiosas. Na Bélgica, país de maioria ateia, tanto o estudo quanto o uso das células tronco para cura contra o câncer são permitidos. É indiscutível que avanços significativos no uso de tal técnica seriam alcançados caso os Estados Unidos tomassem frente no estudo das células tronco. Esse é o estopim da revolta de Didier e o início do desentendimento entre ele e sua esposa, o que leva a um desfecho inesperado.
Confira o trailer:
E que o cinema esteja com vocês!
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